A prática da leitura conjunta pode servir como uma ponte entre as gerações, proporcionando momentos de intimidade e aprendizado no ambiente familiar. Além de ser uma forma de transmitir histórias e conhecimentos, essa atividade estimula a imaginação e a curiosidade das crianças. A troca de experiências e valores é profunda, reforçando os laços afetivos entre os pequenos e os avós, criando memórias que serão guardadas com carinho ao longo da vida.
Veja 5 dicas de livros que conectam gerações!
1. Dois Corações
Maria Flor vive na pequena cidade de Dois Corações e tem duas grandes paixões: o piano e as férias na praia com a sua prima. Ela já fazia a mala para a viagem tão esperada quando descobriu que o plano da família era outro. Com raiva e frustrada por não poder ir à praia, Maria Flor se vê diante da visita de seu avô Miroslau. O que a menina não imaginava era que a presença do avô traria novas melodias a sua vida.
2. Na caverna
Muita coisa pode acontecer em dois minutos: a água no copo virar lago, o chaveiro se tornar monstro e o medo se transformar em coragem. Nesta história, um menino e sua avó vão ao hospital tratar de um machucado e ficam presos no elevador. Para lidar com o medo do escuro, o menino imagina uma situação completamente diferente e, como mágica, o elevador se transforma em uma caverna com mistérios e perigos. As ilustrações mostram dois mundos, o real e o imaginário, e o leitor é convidado a desvendar a caverna com o protagonista em uma aventura divertida.
3. Pelos olhos de Enzo
Imagem: Reprodução digital | Elo Editora
Enzo, um garoto de onze anos, está ansioso pela chegada do dia 31 de dezembro, pois irá à praia para assistir à queima de fogos, na companhia da família e dos amigos da vizinhança. Mas o menino acorda com conjuntivite e os planos são alterados. Na tentativa de diminuir a frustração do neto, o avô Gilberto e a avó Lídia acabam contando fatos vividos por eles na infância.
É assim que Enzo descobre a brincadeira predileta do avô, construir carrinhos de rolimã, e a frustração da avó, que adorava futebol, mas não podia jogar bola, porque essa brincadeira não era comumente praticada pelas meninas na época. Ao ler essa narrativa, o leitor se divertirá, se emocionará, aprenderá muito sobre as brincadeiras de antigamente e conhecerá fatos sobre a seleção de futebol brasileiro na década de 1970.
4. O castelo de todas as cores
Vovô Lico, vovó Luli, vovó Nena, vovô Salomão e vovó Guita, cinco avós muito simpáticos que levam a vida se divertindo: seja olhando a cidade de cima do telhado, seja cozinhando, escrevendo cartas, tricotando ou preparando surpresas para as crianças no parquinho. Apesar de muito diferentes, eles têm algo em comum: sentem um certo fascínio pelo Castelo de Todas as Cores, um lugar grande, misterioso, colorido e belíssimo que fica no topo da colina mais alta da cidade.
Nessa história escrita por Alexandra Levy e ilustrada por Sid Meireles, o castelo é descrito com tantas cores e detalhes que instiga o leitor a conhecer esse lugar mágico. Nos tempos atuais em que os adultos precisam convencer as crianças a saírem de casa para brincar, este livro mostra a importância de se aventurar, de conviver com as pessoas e de saber que, para poder ver melhor, é preciso sentir e imaginar.
5. Treme, treme, vovô Téo
Vovô Teo está diferente, anda desanimado, não quer mais brincar com o neto e isso deixa o menino intrigado. O que pode estar acontecendo? Escrita de maneira leve e sensível por Tânia Alexandre Martinelli, essa história nos mostra a visão infantil sobre o envelhecer e nos revela que, mesmo com o passar dos anos, todos guardam uma criança dentro de si. As ilustrações de Gabriela Gil complementam a narrativa de maneira ensolarada e, a cada página, nos apresentam um pouco mais do cotidiano de vovô Teo e de seu neto.
Por Fernanda Pereira