A entrevista de Marco Aurélio Cunha trouxe uma das declarações mais preocupantes para o torcedor: o Figueirense não tem um plano B para o futuro.
Caso a recuperação judicial seja negada, o futuro do clube se torna ainda mais incerto. Isso reforça minha crítica à gestão, que pouco fez para buscar a classificação para a segunda fase da Série C.
Mesmo com um elenco limitado, faltou mais empenho para, com o apoio da torcida, brigar pelo acesso.
Estar na Série B em 2025, mesmo sem a RJ, traria novas possibilidades financeiras e de mercado para enfrentar a crise. Agora, resta torcer para que tudo dê certo no encontro da próxima quarta-feira (11).
Gestão falha
Outros pontos da coletiva também chamaram a atenção, especialmente o que já havíamos antecipado na coluna: a saída de João Burse aconteceu em comum acordo, após a direção comunicar ao trienador que ele não continuaria em 2025.
Essa informação, apurada em parceria com o repórter JP Bianchi, confirmou que Burse não aceitou ficar até o fim da temporada.
Sem grandes objeções, já que sua passagem por Florianópolis foi marcada mais por problemas do que por soluções.
MAC ainda falou sobre o futuro de Guilherme Pato, sem surpresas: assim como Alisson, o atacante deve deixar o clube na primeira boa proposta.
Com um treinador interino e sem seu principal jogador, o Figueira encara a Copa Santa Catarina com a obrigação de vencer para garantir a vaga na Copa do Brasil do ano que vem.
Um tropeço, e Marco Aurélio Cuinha pode ver seu prestígio enfraquecer. No futebol, passado de glórias e boas falas não garantem sobrevivência por muito tempo.