Por que Globo não grava mais externas de novela no…

Por que Globo não grava mais externas de novela no…


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O bairro do Leblon, na zona sul do Rio, foi diversas vezes usado como cenário de novelas de Manoel Carlos. Em 2003, por exemplo, em Mulheres Apaixonadas, uma cena de tiroteio que mata Fernanda (Vannessa Gerbelli) com uma bala perdida teve pouco mais de seis minutos no ar e precisou de 5 dias para ser gravada. A sequência envolveu 400 profissionais no set, mais de 120 carros e cinco câmeras –uma delas panorâmica. Foram usados mais de 500 tiros de festim, preparados pela equipe de efeitos especiais da emissora. Na época, as associações do bairro já se colocaram contra a trama.

Recentemente, a filha de Manoel, Júlia Almeida, lançou o documentário O Leblon de Manoel Carlos no Youtube, que aborda, em oito episódios, a obra do famoso nome por trás das Helenas, além de apresentar as mudanças no bairro carioca tão citado nos folhetins. Julia Lemmertz, a última Helena do autor, em Em Família (2014), explicou em um dos trechos porque não se grava mais externas no Leblon.

“Na nossa novela já aconteceu menos. Porque era um outro momento e porque o Leblon queria que a Globo fosse para o Projac. Não queriam que a gente gravasse ali. A gente não podia gravar nas ruas do Leblon. Porque isso significa parar o trânsito, o comércio, vira uma bagunça”, diz ela. Hoje com 91 anos, Maneco está aposentado da televisão e foi diagnosticado com Parkinson. Em entrevista em vídeo para a coluna GENTE, Júlia falou sobre a saúde do autor e a produção que é uma homenagem. Além disso, a especulação imobiliária aumentou toda vez que alguma cena ia ao ar. A associação de moradores do local, claro, odiava qualquer tumulto no bairro. Era prato cheio para longas discussões e reclamações com a emissora.



Fonte: Veja/Abril

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