Este é o terceiro filme do diretor brasileiro a ser indicado, desta vez em três categorias – melhor filme, melhor filme internacional e melhor atriz com Fernanda Torres
Walter Salles, diretor, comemorou as três indicações ao Oscar de seu filme “Ainda estou aqui“, enfatizando a valorização da cultura brasileira. A produção está na disputa nas categorias de melhor filme, melhor filme internacional e melhor atriz, com Fernanda Torres. O cineasta manifestou sua felicidade com as nomeações e sublinhou a relevância da narrativa brasileira no cenário cinematográfico.
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“Muita alegria e emoção pela indicação tão merecida da Nanda, 26 anos depois de dona Fernanda, e do filme. Esse é um momento de celebração não só para todos nós que fizemos ‘Ainda estou aqui’, mas para toda a cultura brasileira. É o reconhecimento da literatura brasileira através do livro seminal de Marcelo (Rubens Paiva), da música brasileira genial de Caetano, Gal, Erasmo e Tom Zé, do cinema brasileiro que forma atores e artistas tão incríveis quanto os que eu tive a honra de colaborar com em ‘Ainda estou aqui’”, comentou o diretor em nota enviada ao O Globo.
Salles também aproveitou a oportunidade para agradecer ao público e aos artistas que contribuíram para a promoção do filme em sua trajetória internacional. “Acima de tudo, é o reconhecimento da importância de Eunice Paiva como protagonista da história do país, algo que o público brasileiro soube abraçar antes de qualquer outro. Uma parte importante dessas indicações se deve à cada uma das 3,6 milhões de pessoas que foi ao cinema para se reencontrar com um pedaço submerso da história do Brasil. Esse retorno do público gerou artigos em muitos jornais fora do Brasil, o que acabou construindo uma maior atenção para o filme.”
O diretor expressou também gratidão a todos os artistas internacionais que apoiaram o filme: “Não teríamos tido essas indicações sem o apoio e a generosidade de cineastas e atrizes que abraçaram ‘Ainda estou aqui’, como Alfonso Cuarón, Sean Penn, Win Wenders, Alexander Payne, Valeria Golino, Olivier Assayas, Alice Braga e muitos outros. Não fizemos propriamente uma ‘campanha’, e sim uma série de projeções e debates em muitos países em torno do filme. A trajetória do filme pelo mundo foi construída por uma família muito pequena de pessoas, sem festas ou jantares, falando sobre o que importa: cinema.”
Este é o terceiro filme de Walter Salles a ser indicado ao prêmio, junto com “Central do Brasil”, que concorreu a melhor filme internacional e atriz, em 1999, e “Diários de motocicleta”, que concorreu como melhor roteiro adaptado e venceu a categoria de melhor canção original.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias